sábado, 28 de fevereiro de 2009

Behaviorismo


Pela estética e ordem, eu deveria ter comentado sobre Behaviorismo logo após as biografias de Watson, Skinner e Pavlov. Mas como me passei, estou postando agora a respeito...


O termo Behaviorismo foi utilizado inicialmente em 1913 em um artigo denominado “Psicologia: como os behavioristas a vêem” por John B. Watson. "Behavior" significa "comportamento" e ele definiu como: "Um ramo experimental e puramente objetivo da ciência natural. A sua meta é a previsão e controle do comportamento...". Watson postulava o comportamento como objeto da Psicologia.
O Behaviorismo nasceu como uma reação à introspecção e à Psicanálise que tentavam lidar com o funcionamento interior e não observável da mente.
Esta teoria psicológica também é chamada de comportamentalismo ou condutismo. A postulação de Watson decorreu em função dos estudos experimentais sobre o comportamento reflexo efetuados por I. Pavlov e dava à psicologia a consistência que os psicólogos da época vinham buscando, ou seja, a Psicologia tinha um objeto mensurável e observável para estudar e os experimentos poderiam ser reproduzidos em diferentes sujeitos e condições. Tais possibilidades foram importantes para que a Psicologia alcançasse o status de ciência. Watson defendia uma perspectiva funcionalista para a Psicologia onde o comportamento é estudado em função de varáveis do meio e os estímulos levando o organismo a darem determinadas respostas e isso em razão do ajuste do organismo ao seu meio por meio de equipamentos hereditários e formação de hábitos.
J. B. Watson (1878-1958) é considerado o autor do behaviorismo, mas é necessário que se diga que Watson foi, na verdade, o porta-voz dessa abordagem, devendo ser lembrado que antes de Watson, dois pesquisadores deram os primeiros passos dessa abordagem: o americano E. L. Thorndike (1874-1949) e o russo Ivan Pavlov (1849-1936).
O sentido de "Behaviorismo" foi sendo modificado com o correr do tempo e hoje já não se entende o comportamento como uma ação isolada do sujeito, mas uma interação entre o ambiente (onde o "fazer" acontece) e o sujeito (aquele que "faz"), passando o "Behaviorismo" a se dedicar ao estudo das interações entre o sujeito e o ambiente, e as ações desse sujeito (suas respostas) e o ambiente (os estímulos).
Ao mesmo tempo em que os psicólogos tentavam fazer da psicologia uma ciência objetiva, a teoria da evolução estava tendo um efeito profundo sobre a psicologia ao definir os seres humanos não mais como entes separados das outras coisas vivas, dando a todas as espécies a mesma história evolutiva e presumia-se assim que poderia também se ver a origem de nossos traços mentais em outras espécies, mesmo que de forma mais simples e rudimentar e assim, no final do século XIX e início do século XX, alguns psicólogos passaram a conduzir experimentos com animais.
Após Watson, o mais importante behaviorista foi B. F. Skinner
A linha de estudo de Skinner ficou conhecida como Behaviorismo radical e, a oposta à sua, de “behaviorismo metodológico”, e, enquanto a principal preocupação dos outros eram os métodos das ciências naturais, a de Skinner era a explicação científica definindo como prioridade para a ciência do comportamento o desenvolvimento de termos e conceitos que permitissem explicações verdadeiramente científicas.A expressão utilizada pelo próprio Skinner em 1945 tem como linha de estudo a formulação do "comportamento operante".


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAUM, William M. (1999) Compreender o Behaviorismo Ciência, Comportamento e Cultura (M.T.A. Silva, M.A. Matos, G.Y. Tomanari, E.Z. Tourinho) Porto Alegre: Artmed. 290 p.
BOCK, A.M.B.; FURTADO, O.; TRASSI TEIXEIRA M.L. (2002) Psicologias Uma introdução ao estudo da psicologia 13.ed. São Paulo: Saraiva. p. 45-55
BOLTON, Lesley e WARWICK, Lynda L. (2005) O livro completo da Psicologia Explore a psique humana e entenda por que fazemos as coisas que fazemos. (M.M. Leal). São Paulo: Madras. 284 p.
CABRAL, Álvaro e NICK, Eva (2003) Dicionário Técnico de Psicologia. 13.ed. São Paulo: Cultrix. p. 40
CHAVES, Evenice Santos; GALVÃO, Olavo de Faria (2005) O behaviorismo radical e a interdisciplinaridade: possibilidade de uma nova síntese? Psic. Reflex. Crit., Porto Alegre, v.18. n. 3, 2005. Disponível em: . Acesso em 24 Set 2006. doi:10.1590/S0102-79722005000300003.


Fonte: www.euniverso.com.br

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Psicanálise


O que é?

A Psicanálise é um método de tratamento psíquico e de investigação do inconsciente desenvolvido por Sigmund Freud (1856-1939).

Como é o método da psicanálise?

Freud iniciou seu trabalho usando o hipnotismo com o objetivo de fazer com que as pacientes reproduzissem as situações traumáticas que estavam na origem de seus sintomas.Posteriormente, descobriu que os pacientes não precisavam ser hipnotizados e que a recordação por meio da sugestão, era um método mais eficaz para eliminar, alterar ou diminuir os sintomas.Mais tarde, Freud chegou ao método psicanalítico propriamente dito, e passou a orientar a seus pacientes que falassem sobre qualquer coisa que lhes viessem à mente, mesmo que pudesse parecer sem importância, sem relação com seus problemas, ou que fossem reprováveis. Esta é a "regra fundamental" da psicanálise, que é apresentada a cada paciente e com a qual todo paciente deve colaborar. Freud descobriu que todos esses pensamentos, lembranças, fantasias, tinham relação com os sintomas. Freud acreditou no valor das palavras e propôs aos pacientes a recordação e até mesmo a "construção" como método de tratamento psíquico. Descobriu que o sintoma tem um sentido, ou múltiplos sentidos que foram esquecidos pelo sujeito ou que nunca lhe foram conscientes. Para a psicanálise, os sintomas psíquicos são formas substitutivas de satisfação e estão relacionados à sexualidade infantil reprimida.

Como é o trabalho?


Freud desenvolveu a técnica de trabalho do analista com o divã (o paciente deita-se no divã para que possa se sentir mais à vontade para falar livremente e ficar distante dos estímulos, por exemplo, o olhar do analista ou suas expressões faciais eventuais que ocorrem durante a sessão).A sessão de análise dura 50 minutos, sendo que certas escolas de psicanálise criadas depois de Freud usam outros parâmetros para o tempo de duração da sessão. São aconselháveis algumas sessões por semana para facilitar o trabalho. Um tratamento psicanalítico não possui uma duração prevista e, geralmente, avança por alguns anos.O analista deve ouvir o paciente e manter a "atenção flutuante", interpretar a fala do paciente, suas atitudes na sessão, seus sonhos, quando necessário. O paciente realiza um trabalho de recordação, não só da origem dos sintomas, mas da sua própria história particular; e para isso ele deve falar.


Como é a formação do psicanalista?


O psicanalista passa por um processo de formação básico bastante específico, que dura vários anos e que, na verdade, continua ao longo do seu trabalho.Para isso ele participou de um grupo ou sociedade de psicanálise com o objetivo de formação através do estudo sistemático da obra de Freud e de outros autores; do atendimento de pacientes sob a supervisão de outro psicanalista; e teve que submeter-se, ele mesmo, a pelo menos uma análise pessoal.


Por que fazer uma análise?


Cada qual pode encontrar diversos motivos pra explicar porque procurou fazer uma análise mas, de modo geral, quem procura um analista, possui por algum sofrimento do qual não consegue se livrar.Desde o início a psicanálise foi um processo terapêutico e nunca deixou de sê-lo. Freud em 1932 nas 'Novas Conferências Introdutórias sobre Psicanálise' defendeu a psicanálise como a mais poderosa de todas as terapias.É inegável que a psicanálise produz efeitos curativos, e a diminuição ou desaparecimento do sofrimento do paciente ligado aos sintomas pode ocorrer depressa demais (logo no início da análise) ou mais tardiamente.Todo analista espera melhoras no estado de seu analisando, mas não é a cura um critério psicanalítico para avaliar os progressos do paciente, como é o caso da medicina.Entretanto, a idéia de cura, está no centro da decisão de um paciente de consultar um psicanalista e o desejo de curar-se é um fator indispensável ao início do processo analítico. Para começar a análise e manter o esforço que o empreendimento analítico exige, é preciso que o paciente se queixe de sintomas e aspire à cura.Ocorre que essa demanda é substituída lenta e progressivamente por manifestações transferenciais que logo tomam seu lugar. O paciente passa a transferir para a pessoa do analista sentimentos oriundos de suas primeiras relações [familiares], que vão do amor à sentimentos dolorosos.A demanda de cura se transforma numa neurose de transferência. Isso acontece porque o mesmo paciente que quer curar-se, procura também manter sua doença, seus sintomas.Freud escreveu que os sintomas são atividades eróticas dos neuróticos e o desejo de não curar-se é um obstáculo muito grande para o tratamento.Contudo, a criação de uma nova neurose de transferência na relação com o analista, ao mesmo tempo, que obedece ao desejo de doença do analisando é também a possibilidade que o analista tem, através do manejo e análise dessa transferência, de auxiliá-lo a libertar-se desse desejo e do sofrimento que o acompanha.

Fonte:
http://br.geocities.com/jcdaraujo/

Karen Horney


Karen Horney nasceu em Setembro de 1885. O pai, Berndt Wackels Danielson, era o capitão de um navio, e as suas crianças chamavam-lhe “o atirador de Biblias”, porque… era verdade.

A infância de Karen parece ter sido uma cheia de más interpretações, uma vez que ela aclamava o pai como sendo uma figura rude e autoritária, que preferia o irmão a ela, quando o pai trazia-lhe presentes das suas viagens, e levava-a em viagens, um ato raro por parte de um capitão. Mesmo assim, ele não conseguia cativá-la.

Aos nove anos, tornou-se mais rebelde e ambiciosa, dizendo que “se não podia ser bonita, podia ser esperta”. Mas segundo os críticos, ela era de fato, bastante bonita, e chegou a apaixonar-se pelo próprio irmão, Berndt, resultando num afastamento entre irmãos, e na sua primeira depressão, um problema que a iria perseguir para o resto da vida. Durante os seus primeiros anos como adulta, teve que lidar com o divórcio dos seus pais, e entrou numa escola de medicina, contra a opinião dos pais e da sociedade da altura. Casou-se em 1909 com Óscar Horney, em 1910 teve uma filha, e em 1911 perdeu a mãe, Clotilde “Sonni” Danielson.

Anos de stress fizeram com que Karen entrasse no campo da psicanálise. Admite-se que o marido de Karen não era muito diferente do seu pai, um autoritário rude com as suas crianças. Ela não interferia, e chegava a considerar a atmosfera como a ideal para encorajar a independência das suas crianças, mas anos mais tarde, ela mudou a sua perspectiva. No mesmo ano, 1932, o negócio de Oskar faliu, e o mesmo contraiu meningitis, e o irmão de Karen faleceu com uma infecção pulmonaria. Todos estes eventos afetaram Karen de tal modo que ela chegou a considerar o suicídio. Em 1926, ela migrou para os USA com as filhas, estabelecendo-se em Brooklyn, que se estava a tornar numa capital intelectual a nível mundial, com a onde de refugiados judeus vinda da Alemanha. Para além de conhecer intelectuais como Erich Fromm e Harry Stack Sullivan, ela desenvolveu as suas teorias sobre a neurose, com base nas suas próprias experiencias como psicoterapeuta. Manteve-se activa, tanto nas teorias como no ensino e na escrita, até à altura da sua morte, em 1952. (Boeree, Homey; 1997)Sobre a obra de referência:“The neurotic personality of our time” é considerado como uma obra de leitura fácil, comparado com os demais livros do mesmo tema, e possui críticas positivas.

Neste livro, Karen Horney explora a estrutura básica das neuroses no seu contexto cultural. Ou seja, como os conflitos encontrados numa pessoa de determinada cultura correspondem aos estilos de vida característicos dessa mesma cultura. Fala do mesmo modo sobre a necessidade de afecção por parte destas pessoas, até aos sentimentos de culpa, e desejo de poder, prestigio e possessão. Descreve a necessidade de um neurótico ter um “parceiro” que lhe controle a vida e lhe resolva os problemas, a necessidade de restringir, a necessidade de controlar os outros, medo do falhanço ou mesmo os maus julgamentos, e a luta por reconhecimento social ou prestigio. (Horney; 1937)

Karen praticou, ensinou e escreveu até à sua morte em 1952.

Alfred Adler


Nascido em 7 de fevereiro de 1870, em Penzing, na Áustria, falecido em 28 de maio de 1937, em Aberdeen, na Escócia, Alfred Adler foi um proeminente psiquiatra, criador da corrente psicológica conhecida como "Psicologia Individual". Introduziu conceitos como "sentimento de inferioridade" ou, mais popularmente, "complexo de inferioridade". Desenvolveu uma psicoterapia flexível, de apoio no sentido de conduzir à maturidade emocional, bom senso e integração social aqueles emocionalmente deficientes em razão de sentimentos de inferioridade
Em toda sua vida sua clara consciência dos problemas sociais foi sua principal motivação para o trabalho. Formou em medicina na Escola de Medicina da Universidade de Viena em 1895. Desde seus primeiros anos como médico deu ênfase à consideração do paciente em relação à totalidade do meio, através de uma abordagem humanista, holística, orgânica dos problemas humanos.
Por volta de 1900 Adler começou a investigar a psicopatologia no campo da medicina e em 1902 tornou-se um associado muito próximo a seu colega vienense
Sigmund Freud. Conhecendo a reação favorável de Adler às suas idéias expostas em seu livro sobre a interpretação dos sonhos, Freud convidou-o a juntar-se ao grupo que se reunia semanalmente em sua casa para discutir psicopatologia. Porém, gradualmente, as diferenças entre os dois tornaram-se irreconciliáveis, principalmente depois que Adler publicou o seu Studie uber Minderwertigkeit von Organen (Estudo sobre a inferioridade orgânica"), em 1907, no qual sustenta que as pessoas tentam compensar psicologicamente seus sentimentos de inferioridade devidos a suas deficiências físicas Um dos principais postulados de sua doutrina era a necessidade de ver o homem como um todo, uma unidade funcional, reagindo ao seu meio tanto quanto aos seus próprios dotes físicos, em lugar de vê-lo como um somatório de instintos, desejos e outras manifestações psicológicas.
A compensação insuficiente dá como resultado a neurose, assim designada qualquer manifestação de desordem funcional da mente ou das emoções. Em 1908 ele argumentava que o instinto de agressão é primário e que os demais instintos estava subordinados a ele. Adler nunca aceitou a teoria original de Freud do trauma sexual, segundo a qual os conflitos sexuais da infância seriam a causa das doenças mentais, e chegou mais tarde a reconhecer na sexualidade apenas um papel simbólico na busca do homem em superar sentimentos de inadequação. Ele se opôs à generalização na interpretação dos sonhos como expressão unicamente de satisfação sexual.
Adler abandonou o círculo de Freud em 1911, com um grupo de oito colegas, para formar seu próprio círculo de debates e desenvolver suas idéias, delineadas no que chamou "Psicologia individual", primeiro no Uber den nervösen Charakter (1912 - "Sobre o carater neurótico"). O sistema foi aperfeiçoado nas edições posteriores desse trabalho e em outras obras, como Understanding Human Nature, de 1918, publicado depois em alemão Menschenkenntnis, em 1927, com suas conferências feitas no Instituto Vienense para Educação de Adultos. Após esse rompimento Freud e Adler nunca mais se encontraram.
A psicologia individual de Adler mantém que o principal motivo para o comportamento humano é uma busca pela perfeição, mas que pode tornar-se uma busca por superioridade como compensação para sentimentos de inferioridade. A opinião do indivíduo sobre si próprio e sobre o mundo influencia todo o seu processo psicológico. Porque todos os problemas importantes da sua vida são problemas de natureza social, ele precisa ser visto em seu contexto social. Sua socialização pode ser obtida através do desenvolvimento da sua inclinação social instintiva.
A estrutura da personalidade de cada indivíduo, incluindo seus ideais e os meios que divisa para alcançá-los, constituem seu "papel de vida" (o que também é chamado "script"), o qual jaz, em parte, no seu subconsciente. Coerentemente, a este papel o indivíduo subordina suas emoções e desejos específicos. O papel de vida forma-se na primeira infância, sob influência de fatores como ordem de nascimento, inferioridade ou superioridade física, e descaso ou superproteção dos pais.
A saúde mental é caracterizada pela razão, interesse social, e auto-transcendência, e as desordens mentais por sentimentos de inferioridade e preocupação egocêntrica com segurança e superioridade ou poder sobre os outros. A psicoterapia, na qual o médico e o paciente discutem os problemas como iguais haverá de encorajar o relacionamento humano consistente e interesse social reforçado. A função do psicanalista, em conseqüência, seria descobrir e racionalizar esses sentimentos, para terminar com o desejo de poder compensatório e neurótico.
Em 1921 Adler estabeleceu a primeira clínica para orientação educacional em Viena, e logo abrindo e mantendo mais outras 30, sob sua direção. Estas eram visitadas por profissionais estrangeiros, o que estimulou a abertura de clínicas similares em outros países
Considerando a educação das crianças coimo essencial para perpetuar os valores sociais, ele recomendava sem descanso a orientação educacional, e em suas clinicas as crianças, os pais e os professores eram aconselhados à vista de observadores interessados em seus procedimentos.
Adler viajou aos Estados Unidos pela primeira vez em 1926 e tornou-se professor visitante na Universidade de Columbia em 1927. Foi nomeado professor visitante na Escola de medicina de Long Island, em Nova York, em 1932. Em 1934 suas várias clínicas em Viena foram fechadas pelos
nazistas. Muitos de seus escritos posteriores, como What Life Should Mean to You, ("O sentido de viver") de 1931, foram de divulgação popular de sua teoria. Assim também The Individual Psychology of Alfred Adler, publicado em 1956 e Superiority and Social Interest, de 1964.
Durante este e os anos seguintes ele permanecia em Viena apenas nas férias de verão, entre maio e setembro, retornando aos Estados Unidos para o período letivo. Em 1935 trouxe sua família para a América.
Ele estava na Escócia, para uma série de conferências na Universidade de Aberdeen, quando sofreu um infarto do coração na rua, vindo a falecer em poucos minutos.

Sigmund Freud


Nascido no ano de 1856 em Freiberg, na Morávia, Sigmund Freud é considerado o pai da psicanálise. Estudou medicina na Universidade de Viena e desde cedo se especializou em neurologia. Seus estudos foram os pioneiros acerca do inconsciente humano e suas motivações. Ele, durante muito tempo (de fins do século passado até início do nosso século), trabalhou na elaboração da psicanálise.A Metodologia FreudianaA psicanálise é um método de tratamento para perturbações ou distúrbios nervosos ou psíquicos, ou seja, provenientes da psique; bastante diferente da hipnose ou do método catártico. A terapêutica pela catarse hipnótica deu excelentes resultados, não obstante as inevitáveis relações que se estabeleciam entre médico e paciente. Posteriores investigações levaram Freud a modificar essa técnica, substituindo a hipnose por um método de livre associação de idéias (psicanálise).
O método psicanalítico de Sigmund Freud, consistia em estabelecer relações entre tudo aquilo que o paciente lhe mostrava, desde conversas, comentários feitos por ele, até os mais diversos sinais dados do inconsciente.O psicanalista deveria "quebrar" os vínculos, os tratos que fazemos ao nos comunicarmos uns com os outros. Ele não poderia ficar sentado ouvindo e compreendendo apenas aquilo que o seu paciente queria dizer conscientemente, mas perceber as entrelinhas daquilo que ele o diz. É o que se chama de quebra do acordo consensual. Há uma ruptura de campo, pois o analista não se restringe somente aos assuntos específicos, e sim ao todo, ao sentido geral.Freud sempre achou que existia um certo conflito entre os impulsos humanos e as regras que regem a sociedade. Muitas vezes, impulsos irracionais determinam nossos pensamentos, nossas ações e até mesmo nossos sonhos. Estes impulsos são capazes de trazer à tona necessidades básicas do ser humano que foram reprimidas, como por exemplo, o instinto sexual.
Freud vai mostrar que estas necessidades vêm à tona disfarçadas de várias maneiras, e nós muitas vezes nem vamos ter consciência desses desejos, de tão reprimidos que estão.Freud ainda supõe, contrariando aqueles que dizem que a sexualidade só surge no início da puberdade, que existe uma sexualidade infantil, o que era um absurdo para a época. E muitos de nossos desejos sexuais foram reprimidos quando éramos crianças. Estes desejos e instintos, sensibilidade sensitiva que todos nós temos, são a parte inconsciente de nossa mente chamada id. É onde armazenamos tudo o que foi reprimido, todas as nossas necessidades insatisfeitas. "Princípio do prazer" é esta parte que existe em cada um de nós. Mas existe uma função reguladora deste "princípio do prazer", que atua como uma censura ante aos nossos desejos, que é chamada de ego. Precisamos desta função reguladora para nos adaptarmos ao meio em que vivemos. Nós mesmos começamos a reprimir nossos próprios desejos, já que percebemos que não vamos poder realizar tudo o que quisermos. Vivemos em uma sociedade que é regida por leis morais, as quais tomamos consciência desde pequenos, quando somos educados. A consciência do que podemos ou não fazer, segundo as regras da sociedade em que vivemos é a parte da nossa mente denominada superego (princípio da realidade).
O ego, vai se apresentar como o regulador entre o id e o superego, para que possamos conciliar nossos desejos com o que podemos moralmente fazer. O paciente neurótico nada mais é do que uma pessoa que despende energia demais na tentativa de banir de seu consciente tudo aquilo que o incomoda (reprimir), por ser moralmente inaceitável.A psicanálise se apoia sobre três pilares: a censura, o conteúdo psíquico dos instintos sexuais e o mecanismo de transferência. A censura é representada pelo superego, que inibe os instintos inconscientes para que eles não sejam exteriorizados. Nem sempre isso ocorre, pode ser que eles burlem a censura, por um processo de disfarce, manifestando-se assim com sintomas neuróticos. Existem diversas formas de exteriorizarmos nossos instintos inconscientes: os atos falhos, que podem revelar os segredos mais íntimos e os sonhos. Os atos falhos são ações inconscientes que estão em nosso cotidiano; são coisas que dizemos ou fazemos que um dia tínhamos reprimido. Por exemplo: certo dia, um bispo foi visitar a família de um pastor, que era pai de umas meninas adoráveis e muito comportadas. Este bispo tinha o nariz enorme. O pastor pediu às suas filhas para que não comentassem sobre o nariz do bispo, pois geralmente as crianças começam a rir quando notam este tipo de coisa, já que o mecanismo de censura delas não está totalmente formado. Quando o bispo chegou, as meninas se esforçaram ao máximo para não rirem ou fazerem qualquer comentário a respeito do notável nariz, mas quando a irmã menor foi servir o café, disse:- O senhor aceita um pouco de açúcar no nariz ?Este é um exemplo de um ato falho, proveniente de uma reprimida vontade ou desejo. Outro meio de tornarmos conscientes nossos desejos mais ocultos é através dos sonhos.
Nos sonhos, o nosso inconsciente (id) se comunica com o nosso consciente (ego) e revelamos o que não queremos admitir que desejamos, pelo fato da sociedade recriminar (principalmente os de caráter sexual).Os instintos sexuais são os mais reprimidos , visto que a religião e a moral da sociedade concorrem para isso. Mas, é aí que o mecanismo de censura torna-se mais falho, permitindo assim que apareçam sintomas neuróticos. Explicando a sua teoria da sexualidade, Freud afirma que há sinais desta logo no início da vida extra uterina, constituindo a libido.A libido envolve do nascimento à puberdade, períodos de gradativa diferenciação sexual. A primeira fase é chamada de período inicial, onde a libido está direcionada para o próprio corpo, oral e analmente. A segunda fase, o período edipiano, que se caracteriza por uma fixação libidinal passageira entre os 4 e os 5 anos, também conhecida como "complexo de Édipo", pelo qual a libido, já dirigida aos objetos do mundo exterior, fixa a sua atenção no genitor do sexo oposto, num sentido evidentemente incestuoso. Por fim o período de latência, iniciado logo após a fase edipiana, só irá terminar com a puberdade, quando então a libido toma direção sexual definida.Esses períodos ou fases são essenciais ao desenvolvimento do indivíduo, se ele as resolver bem será sadio, porém qualquer problema que porventura ele tiver em superá-las, certamente iniciará um processo de neurose.
Último dos pilares da psicanálise, a transferência, é também uma arma, um trunfo usado pelos psicanalistas para ajudar no tratamento do paciente. Naturalmente, o paciente irá transferir para o analista as suas pulsões, positivas ou negativas, criando vínculos entre eles. O tratamento psicológico deve, então, ser entendido como uma reeducação do adulto, ou seja, uma correção de sua educação enquanto criança.Assim, Freud desenvolveu um método de tratamento que se pode igualar a uma "arqueologia da alma", onde o psicanalista busca trazer à luz as experiências traumáticas passadas que provocaram os distúrbios psíquicos do paciente, fazendo com que assim, ele encontre a cura.
Fonte: http://www.culturabrasil.pro.br/freud.htm

Carl Gustav Jung


Carl Gustav Jung nasceu a 26 de julho de 1875, em Kresswil, Basiléia, na Suíça, no seio de uma família voltada para a religião. Seu pai e vários outros parentes eram pastores luteranos, o que explica, em parte, desde a mais tenra idade, o interesse do jovem Carl por filosofia e questões espirituais e o pelo papel da religião no processo de maturação psíquica das pessoas, povos e civilizações. Criança bastante sensível e introspectiva, desde cedo o futuro colega de Freud demonstrou uma inteligência e uma sagacidade intelectuais notáves, o que, mesmo assim, não lhe poupou alguns dissabores, como um lar algumas vezes um pouco desestruturado e a inveja dos colegas e a solidão. Ao entrar para a universidade, Jung havia decidido estudar Medicina, na tentativa de manter um compromisso entre seus interesses por ciências naturais e humanas. Ele queria, de alguma forma, vivenciar na prática os ideais que adotava usando os meios dados pela ciência. Por essa época, também, passou a se interessar mais intensamente pelos fenômenos psíquicos e investigou várias mensagens hipoteticamente recebidas por uma médium local (na verdade, uma prima sua), o que acabou sendo o material de sua tese de graduação, "Psicologia e Patologia dos Assim Chamados Fênomenos Psíquicos".
Em 1900, Jung tornou-se interno na Clínica Psiquiátrica Bugholzli, em Zurique, onde estudou com Pierre Janet, em 1902, e onde, em 1904, montou um laboratório experimental em que criou seu célebre teste de associação de palavras para o diagnóstico psiquiátrico. Neste, uma pessoa é convidada a responder a uma lista padronizada de palavras-estímulo; qualquer demora irregular no tempo médio de resposta ou excitação entre o estímulo e a resposta é muito provavelmente um indicador de tensão emocional relacionada, de alguma forma, com o sentido da palavra-estímulo. Mas tarde este teste foi aperfeiçoado e adaptado por inúmeros psiquiatras e psicólogos, para envolver, além de palavras, imagens, sons, objetos e desenhos. É este o princípio básico usado no detector de mentiras, utilizado pela polícia científica. Estes estudos lhe granjearam alguma reputação, o que o levou, em 1905, aos trinta anos, a assumir a cátedra de professor de psiquiatria na Universidade de Zurique. Neste ínterim, Jung entra em contato com as obras de Sigmund Freud (1856-1939), e, mesmo conhecendo as fortes críticas que a então incipiente Psicanálise sofria por parte dos meio médicos e acadêmicos na ocasião, ele fez questão de defender as descobertas do mestre vienense, convencido que estava da importância e do avanço dos trabalhos de Freud. Estava tão enstusiasmado com as novas perspectivas abertas pela psicanálise, que decidiu conhecer Freud pessoalmente.
O primeiro encontro entre eles transformou-se numa conversa que durou treze horas ininterruptas. A comunhão de idéias e objetivos era tamanha, que eles passaram a se corresponder semanalmente, e Freud chegou a declarar Jung seu mais próximo colaborador e herdeiro lógico, e isso é algo que tem de ser bem frisado, a mútua admiração entre estes dois homens, frequentemente esquecida tanto por freudianos como por junguianos. Porém, tamanha identidade de pensamentos e amizade não conseguia esconder algumas diferenças fundamentais, e nem os confrontos entre os fortes gênios de um e de outro. Jung jamais conseguiu aceitar a insistência de Freud de que as causas dos conflitos psíquicos sempre envolveriam algum trauma de natureza sexual, e Freud não admitia o interesse de Jung pelos fenômenos espirituais como fontes válidas de estudo em si. O rompimento entre eles foi inevitável, ainda que Jung o tenha, de certa forma, precipitado. Ele iria acontecer mais cedo ou mais tarde. O rompimento foi doloroso para ambos. O rompimento turbulento do trabalho mútuo e da amizade acabou por abrir uma profunda mágoa mútua, nunca inteiramente assimilada pelos dois principais gênios da Psicologia do século XX e que ainda, infelizmente, divide partidários de ambos os teóricos. Aterior mesmo ao período em que estavam juntos, Jung começou a desenvolver uma sistema teórico que chamou, originalmente, de "Psicologia dos Complexos", mais tarde chamando-a de "Psicologia Analítica", como resultado direto de seu contato prático com seus pacientes.
O conceito de inconsciente já está bem sedimentado na sólida base psiquiátrica de Jung antes de seu contato pessoal com Freud, mas foi com Freud, real formulador do conceito em termos clínicos, que Jung pôde se basear para aprofundar seus próprios estudos. O contato entre os dois homens foi extremamente rico para ambos, durante o período de parceria entre eles. Aliás, foi Jung quem cunhou o termo e a noção básica de "complexo", que foi adotado por Freud. Por complexo, Jung entendia os vários "grupos de conteúdos psíquicos que, desvinculando-se da consciência, passam para o inconsciente, onde continuam, numa existência relativamente autônoma, a influir osbre a conduta" (G. Zunini). E, embora possa ser frequentemente negativa, essa influência também pode assumir caracterísiticas positivas, quando se torna o estímulo para novas possibilidades criativas. Jung já havia usado a noção de complexo desde 1904, na diagnose das associações de palavras. A variância no tempo de reação entre palavras demonstrou que as atitudes do sujeito diante de certas palavras-estímulo, quer respondendo de forma exitante, quer de forma apressada, era diferente do tempo de reação de outras palvras que pareciam ter estimulação neutra. As reações não convencionais poderiam indicar (e indicavam de fato) a presença de complexos, dos quais o sujeito não tinha consciência. Utilizando-se desta técnica e do estudo dos sonhos e de desenhos, Jung passou a se dedicar profundamente aos meios pelos quais se expressa o inconsciente.
Os sonhos pessoais de seus pacientes o intrigavam na medida em que os temas de certos sonhos individuais eram muito semelhantes aos grandes temas culturais ou mitológicos universais, ainda mais quando o sujeito nada conhecia de mitos ou mitologias. O mesmo ocorria no caso dos desenhos que seus pacientes faziam, geralmente muito parecidos com os símbolos adotados por várias culturas e tradições religiosas do mundo inteiro. Estas similaridades levaram Jung à sua mais importante descoberta: o "inconsciente coletivo". Assim, Jung descobrira que além do consciente e inconsciente pessoais, já estudados por Freud, exitiria uma zona ou faixa psíquica onde estariam as figuras, símbolos e conteúdos arquetípicos de caráter universal, frequentemente expressos em temas mitológicos. Por exemplo, o mito bíbilico de Adão e Eva comendo do fruto da árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e, por isso, sendo expulosos do Paraíso, e o mito grego de Prometeu roubando o fogo do conhecimento dos deuses e dando-o aos homens, pagando com a vida pelo sua presunção são bem parecidos com o moderno mito de Frankenstein, elaborado pela escritora Mary Schelley após um pesadelo, e que toca fundo na mente e nas emoções das pessoas de forma quase "instintiva", como se uma parte de nossas mentes "entendesse" o real significado da história: o homem sempre paga um alto preço pela ousadia de querer ser Deus.
Enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos: da mesma forma que animais e homens parecem possuir atitudes inatas, chamadas de instintos, também é provável que em nosso psiquismo exista um material psíquico com alguma analogia com os instintos. Talvez, as imagens arquetípicas sejam algo como que figurações dos próprios insitintos, num nível mais sofisticado, psíquico. Assim, não é mais arriscado admitir a hipótese do inconsciente coletivo, comum a toda a humanidade, do que admitir a existência instintos comuns a todos os seres vivos. Assim, em resumo, o inconsciente coletivo é uma faixa intrapsíquica e interpsíquica, repleto de material representativo de motivos de forte carga afetiva comum a toda a humanidade, como, por exemplo, a associação do femino com características maternas e, ao mesmo tempo, em seu lado escuro, crueis, ou a forte sensação intuitiva universal da existência de uma transcendência metaforicamente denominada Deus.
A mãe boa, por exemplo, é um aspecto do arquétipo do feminino na psique, que pode ter a figura de uma deusa ou de uma fada, da mãe má, ou que pode possuir os traços de uma bruxa; a figura masculina poderá ter uma representação num sábio, que geralmente é representado por um ermitão, etc. As figuras em si, mais ou menos semelhantes em várias culturas, são os arquétipos, que nada mais são que "corpos" que dão forma aos conteúdos que representam: o arquétipo da mãe boa, ou da boa fada, representam a mesma coisa: o lado feminino positivo da natureza humana, acolhedor e carinhoso. Este mundo inconsciente, onde imperam os arquétipos, que nada mais são que recepientes de conteúdos ainda mais profundos e universais, é pleno de esquemas de reações psíquicas quase "instinitvas", de reações psíquicas comuns a toda a humanidade, como, por exemplo, num sonho de perseguição: todas as pessoas que sonham ou já sonharam sendo perseguidas geralmente descrevem cenas e ações muito semelhanes entre si, senão na forma, ao menos no conteúdo. A angústia de quem é perseguido é sentida concomitantemente ao prazer que sabemos ter o perseguidor no enredo onírico, ou a sua raiva, ou o seu desejo. Estes esquemas de reações "instintivas" (uso esta palavra por analogia, não por equivalência) também se encontram nos mitos de todos os povos e nas tradições religiosas.
Por exemplo, no mito de Osires, na história de Krishna e na vida de Buda encontramos similiradades fascinates. Sabemos que mitos encobrem frequentemente a vida de grandes homens, como se pudessem nos dizer algo mais sobre a mensagem que eles nos trouxeram, e quanto mais carismáticos são esses homens, mais a imaginação do povo os encobrem em mitos, e mais esses mitos têm em comum. Estes padrões arquetípicos expressos quer a nível pessoal que a nível mitológico relacionam-se com caracterísiticas e profundos anseios da natureza humana, como o nascimento, a morte, as imagens parterna e materna, e a relação entre os dois sexos. Outra temática famosa com respeito a Jung é a sua teoria dos "tipos psicológicos". Foi com base na análise da controvérsia entre as personalidades de Freud e um outro seu discípulo famoso, e também dissidente, Alfred Adler, que Jung consegue delinear a tipologia do "introvertido" e do "extrovertido".
Freud seria o "extrovertido", Adler, o "introvertido". Para o extrovertido, os acontecimentos externos são da máxima importância, ao nível consciente; em compesação, ao nível insconsciente, a atividade psíquica do extrovertido concentra-se no seu próprio eu. De modo inverso, para o introvertido o que conta é a resposta subjetiva aos acontecimentos externos, ao passo que, a nível insconsciente, o introvertido é compelido para o mundo externo. Embora não exista um tipo puro, Jung reconhece a extrema utilidade descritiva da distinção entre "introvertido" e "extrovertido". Aliás, ele reconhecia que todos temos ambas as características, e somente a predominância relativa de um deles é que determina o tipo na pessoa. Seu mais famoso livro, Tipos Psicológicos é de 1921. Já nesse período, Jung dedica maior atenção ao estudo da magia, da alquimia,das diversas religiões e das culturas ocidentais pré-cristãs e orientais (Psicologia da Religião Oriental e Ocidental, 1940; Psicologia e Alquimia, 1944; O eu e o inconsciente, 1945). Analisando o seu trabalho, Jung disse: "Não sou levado por excessivo otimismo nem sou tão amante dos ideais elevados, mas me interesso simplesmente pelo destino do ser humano como indivíduo - aquela unidade infinitesiaml da qual depende o mundo e na qual, se estamos lendo corretamente o signficado da mensagem cristã, também Deus busca seu fim".
Ficou célebre a controvertida resposta que Jung deu, em 1959, a um entrevistador da BBC que lhe perguntou: "O senhor acredita em Deus?" A resposta foi: "Não tenho necessidade de crer em Deus. Eu o conheço". Eis o que Freud afirmou do sistema de Jung: "Aquilo de que os suíços tinham tanto orgulho nada mais era do que uma modificação da teoria psicanalítica, obtida rejeitando o fator da sexualidade. Confesso que, desde o início, entendi esse 'progresso' como adequação excessiva às exigências da atualidade". Ou seja, para Freud, a teoria de Jung é uma corruptela de sua própria teoria, simplificada diante das exigências moralistas da época. Não há nada mais falso. Sabemos que foi Freud quem, algumas vezes, utilizou-se de alguns conceitos de Jung, embora de forma mascarada, como podemos ver em sua interpretação do caso do "Homem dos Lobos", notadamente no conceito de atavismo na lembrança do coito. Já por seu turno, Jung nunca quis negar a importância da sexualidade na vida psíquica, "embora Freud sustente obstinadamente que eu a negue". Ele apenas "procurava estabelecer limites para a desenfreada terminologia sobre o sexo, que vicia todas as discussões sobre o psiquismo humano, e situar então a sexualidade em seu lugar mais adequado. O senso comum voltará sempre ao fato de que a sexualidade humana é apenas uma pulsão ligada aos instintos biofisiológicos e é apenas uma das funções psicofisiológicas, embora, sem dúvida, muitíssimo importante e de grande alcance".
Carl Gustav Jung morreu a 6 de junho de 1961, aos 86 anos, em sua casa, à beira do lago de Zurique,em Küsnacht após uma longa vida produtiva, que marcou - e tudo leva a crer que ainda marcará mais - a antropologia, a sociologia e a psicologia.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ivan Pavlov



Ivan Pavlov, nascido em 1849, médico russo descobridor dos comportamentos que são reflexos condicionados, nasceu na Rússia central. Estudou em um seminário ortodoxo, que depois abandonou, mudando para estudos de medicina na Universidade de São Petersburgo (Stalingrado ou Leningrado em diferentes épocas). A teoria da evolução de Darwin, no auge da fama ao tempo de sua juventude, levou-o a interessar-se profundamente pela ciência. Graduou-se em 1879 e continuou seus estudos em química e fisiologia, principalmente nos aspectos relacionados à digestão e à circulação sangüínea. Foi nomeado professor da Escola Imperial de Medicina.
Enquanto estudava a digestão de cães de laboratório, casualmente descobriu que certos sinais provocavam a salivação e a secreção estomacal no animal, uma reação que deveria ocorrer apenas quando houvesse ingestão de alimento. Teorizou que o comportamento estava condicionado a esses sinais, que habitualmente precediam a chegada do alimento, e que faziam o cão antecipar seus reflexos alimentares. Pavlov procedeu experimentalmente, fazendo soar uma campainha anunciando o alimento, e constatou que em pouco tempo o cão respondia com salivação ao soar da campainha, que passou a ser um estímulo e a provocar o reflexo da salivação mesmo sem a presença da comida. Constatou também que não podia enganar o cão por muito tempo, pois a falta da comida fazia que os sinais perdessem seu efeito.
Em 1903 Pavlov publicou os resultados chamando o fenômeno um "reflexo condicionado", que podia ser adquirido por experiência, e designando o processo "condicionamento".
Pavlov avançou a idéia de que o reflexo condicionado poderia ter um papel importante no comportamento humano e na educação, e logo sua descoberta tornou-se base para uma nova corrente psicológica, o behaviorismo, fundado por
John Watson em 1913.
Pavlov recebeu o prêmio Nobel em 1904 de Fisiologia-Medicina pelas suas pesquisas sobre a digestão alimentar. Famoso em seu país e no exterior, tornou-se uma voz difícil de calar quando se opôs ostensivamente ao regime comunista instalado no país com a revolução de 1917. Trabalhou em seu laboratório até seu falecimento, na idade de 87 anos, em 1936.

Burrhus Frederic Skinner



Skinner nasceu no dia 20 de Março de 1904 em Susquehanna, Pensilvânia, onde viveu até ir para o colégio. Segundo seu próprio relato, seu ambiente da infância era estável e não lhe faltou afeto. Ele freqüentou o mesmo ginásio onde seus pais haviam estudado; havia apenas sete outros alunos em sua sala ao final do curso. Ele gostava da escola e era o primeiro a chegar todas as manhãs. Quando criança e adolescente, gostava de construir coisas: trenós, carrinhos, jangadas, carrosséis, atiradeiras, modelos de aviões e até um canhão a vapor com o qual atirava buchas de batata e cenoura nos telhados dos vizinhos. Passou anos tentando construir uma máquina de movimento perpétuo. Também tinha interesse pelo comportamento dos animais. Lia muito sobre eles e mantinha um estoque de tartarugas, cobras, lagartos, sapos e esquilos listrados. Numa feira rural, ele observou certa vez um bando de pombos numa apresentação; anos mais tarde, ele treinaria essas aves para realizar uma variedade de façanhas.
A conselho de um amigo de família, Skinner se matriculou no Hamilton College de Nova York. Ele escreveu:

“Nunca me adaptei à vida de estudante. Ingressei numa fraternidade acadêmica sem saber do que se tratava. Não era bom nos esportes e sofria muito quando as minhas canelas eram atingidas no hóquei sobre o gelo ou quando melhores jogadores de basquete faziam tabela na minha cabeça... Num artigo que escrevi no final do meu ano de calouro, reclamei de que o colégio me obrigava a cumprir exigências desnecessárias (uma delas era a presença diária na capela) e que quase nenhum interesse intelectual era demonstrado pela maioria dos alunos. No meu último ano, eu era um rebelde declarado”.


Como parte dessa revolta, Skinner instigava trotes que muito perturbaram a comunidade acadêmica e se entregava a ataques verbais aos professores e à administração. Sua desobediência continuou até o dia da graduação, quando na abertura das cerimônias, o diretor o alertou, e aos seus amigos, que, se não se comportassem, não colariam grau.Ele se formou em inglês, recebeu a chave simbólica da Phi Beta Kappa e manifestou o desejo de tornar-se escritor.


Quando criança, tinha escrito poemas e histórias, e, em 1925, num curso de verão de sobre redação, o poeta Robert Frost fizera comentários favoráveis sobre seu trabalho. Durante dois anos depois da formatura, Skinner dedicou-se a escrever e então decidiu que não tinha “nada importante a dizer”. Sua falta de sucesso como escritor o deixou tão desesperado que ele pensou em consultar um psiquiatra. Considerou-se um fracasso e estava com sua auto-estima abalada. Também estava desapontado no amor; ao menos uma meia dúzia de jovens havia rejeitado suas investidas, deixando-o com o que ele descreveu como intensa dor física. Skinner ficou tão perturbado que gravou a inicial do nome de uma mulher no braço, onde ela ficou durante anos.Depois de ler sobre John B. Watson e Ivan Pavlov, Skinner decidiu transferir seu interesse literário pelas pessoas para um interesse mais científico. Em 1928, inscreveu-se na pós-graduação de psicologia em Harvard, embora nunca tivesse estudado psicologia antes. Foi para a pós-graduação, disse ele, “não porque fosse um adepto totalmente comprometido da psicologia, mas para fugir de uma alternativa intolerável”.

Comprometido ou não, doutorou-se três anos mais tarde. Seu tema de dissertação dá um primeiro vislumbre da posição a que ele iria aderir por toda a sua carreira. Sua principal proposição era de que um reflexo não é senão a correlação entre um estímulo e uma resposta.Depois de vários pós-doutorados, Skinner foi dar aulas na Universidade de Minnesota (1936–45) e na Universidade de Indiana (1945–47). Em 1947, voltou a Harvard. Seu livro de 1938, “O Comportamento dos Organismos”, descreve os pontos essenciais de seu sistema. Cinqüenta anos mais tarde, esse livro foi considerado “um dos poucos livros que mudaram a face da psicologia moderna”, e ainda é muito lido. Seu livro de 1953, “Ciência e Comportamento Humano”, é o manual básico da sua psicologia comportamentalista.
Skinner manteve-se produtivo até a morte, aos oitenta e seis anos, trabalhando até o fim com o mesmo entusiasmo com que começara uns sessenta anos antes. Em seus últimos anos de vida, ele construiu, no porão de sua casa, sua própria “caixa de Skinner” – um ambiente controlado que propiciava reforço positivo.

Ele dormia ali num tanque plástico amarelo, de tamanho apenas suficiente para conter um colchão, algumas prateleiras de livros e um pequeno televisor. Ia dormir toda noite às dez, acordava três horas depois, trabalhava por uma hora, dormia mais três horas e despertava às cinco da manhã para trabalhar mais três horas. Então, ia para o gabinete da universidade para trabalhar mais, e toda tarde retemperava as forças ouvindo música.
Aos sessenta e oito anos, escreveu um artigo intitulado “Auto-Administração Intelectual na Velhice”, citando suas próprias experiências como estudo de caso. Ele mostrava que é necessário que o cérebro trabalhe menos horas a cada dia, com períodos de descanso entre picos de esforço, para a pessoa lidar com a memória que começa a falhar e com a redução das capacidades intelectuais na velhice. Doente terminal com leucemia, apresentou uma comunicação na convenção de 1990 da APA, em Boston, apenas oito dias antes de morrer; nela, ele atacava a psicologia cognitiva. Na noite anterior à sua morte, estava trabalhando em seu artigo final, “Pode a Psicologia ser uma Ciência da Mente?”, outra acusação ao movimento cognitivo que pretendia suplantar sua definição de psicologia. Skinner morreu em 18 de Agosto de 1990.
Nenhum pensador ou cientista do século 20 levou tão longe a crença na possibilidade de controlar e moldar o comportamento humano como o norte-americano Burrhus Frederic Skinner (1904-1990). Sua obra é a expressão mais célebre do
behaviorismo, corrente que dominou o pensamento e a prática da psicologia, em escolas e consultórios, até os anos 1950. Skinner também é considerado o pai da corrente que foi denominada behaviorismo radical.

Condicionamento operante


O conceito-chave do pensamento de Skinner é o de condicionamento operante, que ele acrescentou à noção de reflexo condicionado, formulada pelo cientista russo Ivan Pavlov. Os dois conceitos estão essencialmente ligados à fisiologia do organismo, seja animal ou humano. O reflexo condicionado é uma reação a um estímulo casual. O condicionamento operante é um mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação. É o caso do rato faminto que, numa experiência, percebe que o acionar de uma alavanca levará ao recebimento de comida. Ele tenderá a repetir o movimento cada vez que quiser saciar sua fome.
A diferença entre o reflexo condicionado e o condicionamento operante é que o primeiro é uma resposta a um estímulo puramente externo; e o segundo, o hábito gerado por uma ação do indivíduo. No comportamento respondente (de Pavlov), a um estímulo segue-se uma resposta. No comportamento operante (de Skinner), o ambiente é modificado e produz conseqüências que agem de novo sobre ele, alterando a probabilidade de ocorrência futura semelhante.
O condicionamento operante é um mecanismo de aprendizagem de novo comportamento - um processo que Skinner chamou de modelagem. O instrumento fundamental de modelagem é o reforço - a conseqüência de uma ação quando percebida por quem a pratica. Para o behaviorismo em geral, o reforço pode ser positivo (uma recompensa) ou negativo (ação que evita uma conseqüência indesejada). “No condicionamento operante, um mecanismo é fortalecido no sentido de tornar uma resposta mais provável, ou melhor, mais freqüente”, escreveu o cientista.

Sem livre-arbítrio


Segundo Skinner, a ciência psicológica — e também o senso comum — costumava, antes do aparecimento do behaviorismo, apelar para explicações baseadas nos estados subjetivos por causa da dificuldade de verificar as relações de condicionamento operante — ou seja, todas as circunstâncias que produzem e mantêm a maioria dos comportamentos dos seres humanos. Isso porque elas formam cadeias muito complexas, que desafiam as tentativas de análise se elas não forem baseadas em métodos rigorosos de isolamento de variáveis.
Nos usos que projetou para suas conclusões científicas — em especial na educação — Skinner pregou a eficiência do reforço positivo, sendo, em princípio, contrário a punições e esquemas repressivos. Ele escreveu um romance, Walden II, que projeta uma sociedade considerada por ele ideal, em que um amplo planejamento global, incumbido de aplicar os princípios do reforço e do condicionamento, garantiria uma ordem harmônica, pacífica e igualitária. Num de seus livros mais conhecidos, Além da Liberdade e da Dignidade, ele rejeitou noções como a do livre-arbítrio e defendeu que todo comportamento é determinado pelo ambiente, embora a relação do indivíduo com o meio seja de interação, e não passiva. Para Skinner, a cultura humana deveria rever conceitos como os que ele enuncia no título da obra.

Principais influenciadores:
Ivan Pavlov (1849-1936)
John B. Watson (1878-1958)

John B. Watson


John Broadus Watson (Greenville, 9 de janeiro de 1878 — Nova Iorque, 25 de setembro de 1958) foi um psicólogo estadunidense, considerado o fundador do comportamentismo ou comportamentalismo (ou simplesmente behaviorismo).
Foi um aluno médio, durante o seu percurso escolar, até chegar à Universidade de Chicago. Frequentou o curso de Filosofia, mas desiludido com a orientação, muda para Psicologia.
Para suportar as suas despesas pessoais, aceita como trabalho a limpeza dos gabinetes da Universidade, bem como a vigilância dos ratos brancos dos laboratórios de Neurologia. Doutorou-se depois em Neuropsicologia, defendendo uma tese sobre a relação entre o comportamento dos ratos brancos e o sistema nervoso central.
Como professor de psicologia animal, desenvolveu investigações, fundamentalmente sobre o comportamento de ratos e macacos. São as suas experiências com animais, controladas de forma rigorosa e objetiva, que lhe vão inspirar o modelo de psicologia. Os mesmos procedimentos poderão ser aplicados pelos psicólogos se eles se debruçarem sobre o estudo do comportamento humano. Daí que Watson assumisse claramente a abolição da barreira entre a psicologia humana e a psicologia animal.
Com 29 anos, foi leccionar na Universidade de Baltimore, onde desenvolveu, durante 13 anos, o fundamental da sua pesquisa, instalando um laboratório de psicologia animal. Em 1913 publicou o artigo "A Psicologia como um comportamentista a vê", onde apresenta os fundamentos da sua teoria.
Com a Primeira Guerra Mundial, interrompeu a sua atividade profissional para ingressar no exército, participando numa campanha militar em França.
Em 1918, retomou a investigação, estudando a primeira infância, mas um divórcio tumultuoso devido à sua paixão por sua assistente, para quem escreveu tórridas cartas de amor, que vieram à público, desmoralizando seu trabalho como pesquisador acadêmico, obrigando-o a abandonar a Universidade. Ingressou numa agência de publicidade e dedicou-se paralelamente à divulgação das suas teorias junto de um público mais amplo. Depois de aposentado, retomou as suas investigações em psicologia.
Para Watson, a psicologia não devia ter em conta nenhum tipo de preocupações introspectivas, filosóficas ou motivacionais, mas apenas e simplesmente os comportamentos objetivos, concretos e observáveis.

Watson e o Comportamentalismo:


O Comportamentalismo, ou Behaviorismo (do inglês Behaviorism, derivado de behavior que significa comportamento, conduta), é “teoria e método de investigação psicológica que procura examinar do modo mais objetivo o comportamento humano e dos animais, com ênfase nos fatos objetivos (estímulos e reações), sem fazer recurso à introspecção”, segundo o dicionário Houaiss, ou seja, como próprio nome já diz, tem como objeto de estudo o comportamento, que é caracterizado pela resposta dada à estímulos externos, e segundo Watson, “seu objetivo teórico é prever e controlar o comportamento” (Schultz, p. 239).
Não é possível afirmar a data precisa de criação do Comportamentalismo, porém, pode-se dizer que surgiu a partir de um protesto contra o Funcionalismo e o Estruturalismo em 1913, cujo líder foi John B. Watson, PhD pela Universidade de Chicago, que era considerada o centro da psicologia funcional, movimento que Watson era contra. Sua ambição era um movimento em oposição ao Funcionalismo e ao Estruturalismo, pois, assim como Wundt, seu objetivo era a criação de uma nova escola em que houvesse a distinção dos métodos até então adotados.
Watson se utilizou de conceitos e idéias já existentes para a instituição do Comportamentalismo, que teve como principais influências a tradição filosófica do objetivismo e do mecanicismo de Descartes, cujo pensamento mecanicista buscava objetividade nos estudos anatômicos humanos e, também, de Comte, fundador do positivismo; a psicologia animal, como a teoria de Loeb sobre o comportamento animal ser baseado em estímulos e respostas, não necessitando consciência para tal e, também, como o estudo experimental de Pavlov e de muitos outros, como Twitmyer, Thorndike e Pfungst; e a psicologia funcional, já que funcionalistas como Cattel e Pillsbury estavam se aproximando dos conceitos comportamentalistas.
Watson tinha como propósito a objetividade científica e o estudo dos comportamentos observáveis e que pudessem ser descritos através do conceito de estímulo e resposta, o que indica a semelhança com os experimentos da psicologia animal, ramo em que ele preferia fazer seus experimentos. Devido a esse caráter objetivo e criterioso, foi dada uma contribuição muito importante para a formação da Psicologia científica. Para tal, foram descartadas as idéias mentalistas, assim como os termos empregados por elas como os de consciência, sensação e mente, pelo fato de o Comportamentalismo ter como base estudos mais objetivos e concretos, e também rompe com o método de introspecção, pelo fato de admitir a presença de processos conscientes na análise e, por isso, não pode ser objetivamente observada e, também, porque não eram admitidas grandes diferenças entre o estudo do comportamento de animais e de humanos, pois usavam o conceito de estímulos e respostas em ambos.


Referência Bibliográfica
- SCHULTZ, D. P.; Schultz, S. E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Thomson, 2005

Maximilian Wilhelm Wundt

Maximilian Wilhelm Wundt (16 de agosto de 1832-31 de agosto de 1920) era alemão, médico, psicólogo, fisiologista, professor e juntamente com William James, considerado como o pai da psicologia. Em 1879, fundou Wundt o primeiro laboratório de investigação psicológica na Universidade de Leipzig, e o primeiro periódico de investigação psicológica, em 1881.
Wundt nasceu em Neckarau, uma cidade perto de Mannheim, o filho de um ministro luterano. Quando criança, Wundt foi tranquila e estóico, preferindo gastar seu tempo em estudo calma. Ele estudou em um internato início com a idade de 13, passando depois a estudar a partir de 1851 a 1856 na Universidade de Tübingen, da Universidade de Heidelberg, e da Universidade de Berlim. Durante seu último ano em Heidelberg, Wundt sofrido uma doença quase fatal. Após a graduação em medicina da Universidade de Heidelberg, em 1856, estudou Wundt brevemente com Johannes Peter Müller, antes de ingressar na Universidade do pessoal, tornando-se um assistente para o físico e fisiologista Hermann von Helmholtz em 1858 até 1864. Lá, ele escreveu o Beiträge zur Theorie derSinneswahrnehmung. (1858-62). Ele casado Sophie Mau enquanto em Heidelberg.
Foi nesse período que Wundt ofereceu o primeiro curso jamais ensinada em psicologia científica, o tempo todo, salientando a utilização de métodos experimentais obtido a partir das ciências naturais, destacando a relação fisiológica do cérebro e da mente. Sua experiência em fisiologia teria um grande efeito na sua abordagem para a nova ciência da psicologia. Suas palestras sobre psicologia foram publicadas as palestras sobre a mente das pessoas e dos animais, em 1863. Ele foi promovido a Professor Assistente de Fisiologia em Heidelberg, em 1864.
Wundt aplicar-se a escrever uma obra que veio a ser um dos mais importantes na história da psicologia, Princípios de Psicologia Fisiológicos em 1874. Os Princípios utilizado um sistema de psicologia que procuraram investigar a imediata experiências da consciência, incluindo os sentimentos, emoções, volitions, e de ideias, principalmente explorado através de introspecção, ou o auto-exame de consciência a experiência de uma observação objectiva da consciência.
Em 1875 ele assumiu uma posição na Universidade de Leipzig. Quatro anos mais tarde ele criou um laboratório psicológico, é o mais antigo laboratório que hoje ainda está em aberto. Estudiosos de todo o mundo flocked a Wundt do laboratório, incluindo Edward Titchener. Wundt’s estudantes acabaria por encontrar importantes laboratórios psicologia na Universidade da Pensilvânia, Columbia, Yale, Harvard, Cornell, e de Stanford.
Ele permaneceu em Leipzig até sua morte, supervisiona 186 dissertações doutoramento em várias disciplinas.
Em seus últimos anos, Wundt centrada na psicologia social e cultural, e antes de sua morte, em 1920 ele havia terminado seu volume-obra, Psicologia Social.
Com 54000 páginas de livros e artigos, incluem obras notáveis como: Palestras sobre Humana e Animal Psicologia, Ensaios, Ética: Uma investigação dos factos e as Leis da Vida Moral, Hypnotismus und Sugestão ( 1892), e de Introdução à Sociologia.
Wundt procurou entender a mente humana através da identificação das partes constituintes da consciência humana, da mesma forma que um composto químico é quebrado em vários elementos. Assim, essencialmente Wundt imaginou psicologia como uma ciência, como física ou química, em que a consciência é uma colecção de peças identificáveis. Partes de Wundt do sistema foram desenvolvidos e defendida pelo seu tempo de um estudante, Titchener, que descreveu seu sistema de “estruturalismo”. Estruturalismo não poderia competir eficazmente no pragmática com o meio ambiente nativo americano, William James-inspirado funcionalismo.
Wundt é amplamente reconhecido como um dos pais da psicologia. Várias de suas obras, incluindo os Princípios de Psicologia Fisiológicos são considerados fundamentalmente textos importantes na área da psicologia. Embora amplamente reconhecido como importante no nascimento e crescimento da psicologia, da sua influência na psicologia de hoje é um tema de debate entre os especialistas.
Embora Wundt escreveu extensamente sobre uma variedade de assuntos, incluindo a filosofia, física, fisiologia, psicologia e, naturalmente, a imensidão do seu recolhidos escritos e os 65 anos de longa duração de sua carreira, torna difícil a identificação de um único e coerente modo de pensamento. Sem dúvida, no entanto, Wundt foi um devoto foundationalista, trabalhando incansavelmente para entender os meandros das áreas do conhecimento, estudou a formar uma imagem coerente, atomístico compreensão do universo. Em reconhecimento do trabalho da Wundt, o americano Psicológicos Associação instituído o “Wilhelm Wundt, William James Prêmio de Excepcionais Contribuições para a Trans-Atlantic Psicologia”, que reconhece “um significativo registro de trans-atlânticas investigação colaboração.”

Fonte: Rede Psicologia.Com

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

René Descartes



René Descartes, nascido em 1596 em La Haye - não a cidade dos Países-Baixos, mas um povoado da Touraine, numa família nobre - terá o título de senhor de Perron, pequeno domínio do Poitou, daí o aposto "fidalgo poitevino".
De 1604 a 1614, estuda no colégio jesuíta de La Flèche. Aí gozará de um regime de privilégio, pois levanta-se quando quer, o que o leva a adquirir um hábito que o acompanhará por toda sua vida: meditar no próprio leito. Apesar de apreciado por seus professores, ele se declara, no "Discurso sobre o Método", decepcionado com o ensino que lhe foi ministrado: a filosofia escolástica não conduz a nenhuma verdade indiscutível, "Não encontramos aí nenhuma coisa sobre a qual não se dispute". Só as matemáticas demonstram o que afirmam: "As matemáticas agradavam-me sobretudo por causa da certeza e da evidência de seus raciocínios". Mas as matemáticas são uma exceção, uma vez que ainda não se tentou aplicar seu rigoroso método a outros domínios. Eis por que o jovem Descartes, decepcionado com a escola, parte à procura de novas fontes de conhecimento, a saber, longe dos livros e dos regentes de colégio, a experiência da vida e a reflexão pessoal: "Assim que a idade me permitiu sair da sujeição a meus preceptores, abandonei inteiramente o estudo das letras; e resolvendo não procurar outra ciência que aquela que poderia ser encontrada em mim mesmo ou no grande livro do mundo, empreguei o resto de minha juventude em viajar, em ver cortes e exércitos, conviver com pessoas de diversos temperamentos e condições".
Após alguns meses de elegante lazer com sua família em Rennes, onde se ocupa com equitação e esgrima (chega mesmo a redigir um tratado de esgrima, hoje perdido), vamos encontrá-lo na Holanda engajado no exército do príncipe Maurício de Nassau. Mas é um estranho oficial que recusa qualquer soldo, que mantém seus equipamentos e suas despesas e que se declara menos um "ator" do que um "espectador": antes ouvinte numa escola de guerra do que verdadeiro militar. Na Holanda, ocupa-se sobretudo com matemática, ao lado de Isaac Beeckman. É dessa época (tem cerca de 23 anos) que data sua misteriosa divisa "Larvatus prodeo". Eu caminho mascarado. Segundo Pierre Frederix, Descartes quer apenas significar que é um jovem sábio disfarçado de soldado.

Em 1619, ei-lo a serviço do Duque de Baviera. Em virtude do inverno, aquartela-se às margens do Danúbio. Podemos facilmente imaginá-lo alojado "numa estufa", isto é, num quarto bem aquecido por um desses fogareiros de porcelana cujo uso começa a se difundir, servido por um criado e inteiramente entregue à meditação. A 10 de novembro de 1619, sonhos maravilhosos advertem que está destinado a unificar todos os conhecimentos humanos por meio de uma "ciência admirável" da qual será o inventor. Mas ele aguardará até 1628 para escrever um pequeno livro em latim, as "Regras para a direção do espírito" (Regulae ad directionem ingenii). A idéia fundamental que aí se encontra é a de que a unidade do espírito humano (qualquer que seja a diversidade dos objetos da pesquisa) deve permitir a invenção de um método universal. Em seguida, Descartes prepara uma obra de física, o Tratado do Mundo, a cuja publicação ele renuncia visto que em 1633 toma conhecimento da condenação de Galileu. É certo que ele nada tem a temer da Inquisição. Entre 1629 e 1649, ele vive na Holanda, país protestante. Mas Descartes, de um lado é católico sincero (embora pouco devoto), de outro, ele antes de tudo quer fugir às querelas e preservar a própria paz.
Finalmente, em 1637, ele se decide a publicar três pequenos resumos de sua obra científica: A Dióptrica, Os Meteoros e A Geometria. Esses resumos, que quase não são lidos atualmente, são acompanhados por um prefácio e esse prefácio foi que se tornou famoso: é o Discurso sobre o Método. Ele faz ver que o seu método, inspirado nas matemáticas, é capaz de provar rigorosamente a existência de Deus e o primado da alma sobre o corpo. Desse modo, ele quer preparar os espíritos para, um dia, aceitarem todas as conseqüências do método - inclusive o movimento da Terra em torno do Sol! Isto não quer dizer que a metafísica seja, para Descartes, um simples acessório. Muito pelo contrário! Em 1641, aparecem as Meditações Metafísicas, sua obra-prima, acompanhadas de respostas às objeções. Em 1644, ele publica uma espécie de manual cartesiano. Os Princípios de Filosofia, dedicado à princesa palatina Elisabeth, de quem ele é, em certo sentido, o diretor de consciência e com quem troca importante correspondência. Em 1644, por ocasião da rápida viagem a Paris, Descartes encontra o embaixador da frança junto à corte sueca, Chanut, que o põe em contato com a rainha Cristina.
Esta última chama Descartes para junto de si. Após muitas tergiversações, o filósofo, não antes de encarregar seu editor de imprimir, para antes do outono, seu Tratado das Paixões - embarca para Amsterdã e chega a Estocolmo em outubro de 1649. É ao surgir da aurora (5 da manhã!) que ele dá lições de filosofia cartesiana à sua real discípula. Descartes, que sofre atrozmente com o frio, logo se arrepende, ele que "nasceu nos jardins da Touraine", de ter vindo "viver no país dos ursos, entre rochedos e geleiras". Mas é demasiado tarde. Contrai uma pneumonia e se recusa a ingerir as drogas dos charlatões e a sofrer sangrias sistemáticas ("Poupai o sangue francês, senhores"), morrendo a 9 de fevereiro de 1650. Seu ataúde, alguns anos mais tarde, será transportado para a França. Luís XIV proibirá os funerais solenes e o elogio público do defunto: desde 1662 a Igreja Católica Romana, à qual ele parece Ter-se submetido sempre e com humildade, colocará todas as suas obras no Index.
O Método
Descartes quer estabelecer um método universal, inspirado no rigor matemático e em suas "longas cadeias de razão".
1. - A primeira regra é a evidência : não admitir "nenhuma coisa como verdadeira se não a reconheço evidentemente como tal". Em outras palavras, evitar toda "precipitação" e toda "prevenção" (preconceitos) e só ter por verdadeiro o que for claro e distinto, isto é, o que "eu não tenho a menor oportunidade de duvidar". Por conseguinte, a evidência é o que salta aos olhos, é aquilo de que não posso duvidar, apesar de todos os meus esforços, é o que resiste a todos os assaltos da dúvida, apesar de todos os resíduos, o produto do espírito crítico. Não, como diz bem Jankélévitch, "uma evidência juvenil, mas quadragenária".
2. - A segunda, é a regra da análise: "dividir cada uma das dificuldades em tantas parcelas quantas forem possíveis".
3. - A terceira, é a regra da síntese : "concluir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer para, aos poucos, ascender, como que por meio de degraus, aos mais complexos".
4. - A última á a dos "desmembramentos tão complexos... a ponto de estar certo de nada ter omitido".
Se esse método tornou-se muito célebre, foi porque os séculos posteriores viram nele uma manifestação do livre exame e do racionalismo.
a) Ele não afirma a independência da razão e a rejeição de qualquer autoridade? "
Aristóteles disse" não é mais um argumento sem réplica! Só contam a clareza e a distinção das idéias. Os filósofos do século XVIII estenderão esse método a dois domínios de que Descartes, é importante ressaltar, o excluiu expressamente: o político e o religioso (Descartes é conservador em política e coloca as "verdades da fé" ao abrigo de seu método).
b) O método é racionalista porque a evidência de que Descartes parte não é, de modo algum, a evidência sensível e empírica. Os sentidos nos enganam, suas indicações são confusas e obscuras, só as idéias da razão são claras e distintas. O ato da razão que percebe diretamente os primeiros princípios é a intuição. A dedução limita-se a veicular, ao longo das belas cadeias da razão, a evidência intuitiva das "naturezas simples". A dedução nada mais é do que uma intuição continuada.
A Metafísica
No Discurso sobre o Método, Descartes pensa sobretudo na ciência. Para bem compreender sua metafísica, é necessário ler as Meditações.
1. - Todos sabem que Descartes inicia seu itinerário espiritual com a dúvida. Mas é necessário compreender que essa dúvida tem um outro alcance que a dúvida metódica do cientista. Descartes duvida voluntária e sistematicamente de tudo, desde que possa encontrar um argumento, por mais frágil que seja. Por conseguinte, os instrumentos da dúvida nada mais são do que os auxiliares psicológicos, de uma ascese, os instrumentos de um verdadeiro "exército espiritual". Duvidemos dos sentidos, uma vez que eles freqüentemente nos enganam, pois, diz Descartes, nunca tenho certeza de estar sonhando ou de estar desperto! (Quantas vezes acreditei-me vestido com o "robe de chambre", ocupado em escrever algo junto à lareira; na verdade, "estava despido em meu leito").
Duvidemos também das próprias evidências científicas e das verdades matemáticas! Mas quê? Não é verdade - quer eu sonhe ou esteja desperto - que 2 + 2 = 4? Mas se um gênio maligno me enganasse, se Deus fosse mau e me iludisse quanto às minhas evidências matemáticas e físicas? Tanto quanto duvido do Ser, sempre posso duvidar do objeto (permitam-me retomar os termos do mais lúcido intérprete de Descartes, Ferdinand Alquié).
2. - Existe, porém, uma coisa de que não posso duvidar, mesmo que o demônio queira sempre me enganar. Mesmo que tudo o que penso seja falso, resta a certeza de que eu penso. Nenhum objeto de pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável. "Penso, cogito, logo existo, ergo sum" . Não é um raciocínio (apesar do logo, do ergo), mas uma intuição, e mais sólida que a do matemático, pois é uma intuição metafísica, metamatemática. Ela trata não de um objeto, mas de um ser. Eu penso, Ego cogito (e o ego, sem aborrecer Brunschvicg, é muito mais que um simples acidente gramatical do verbo cogitare). O cogito de Descartes, portanto, não é, como já se disse, o ato de nascimento do que, em filosofia, chamamos de idealismo (o sujeito pensante e suas idéias como o fundamento de todo conhecimento), mas a descoberta do domínio ontológico (estes objetos que são as evidências matemáticas remetem a este ser que é meu pensamento).
3. - Nesse nível, entretanto, nesse momento de seu itinerário espiritual, Descartes é solipsista. Ele só tem certeza de seu ser, isto é, de seu ser pensante (pois, sempre duvido desse objeto que é meu corpo; a alma, diz Descartes nesse sentido, "é mais fácil de ser conhecida que o corpo").
É pelo aprofundamento de sua solidão que Descartes escapará dessa solidão. Dentre as idéias do meu cogito existe uma inteiramente extraordinária. É a idéia de perfeição, de infinito. Não posso tê-la tirado de mim mesmo, visto que sou finito e imperfeito. Eu, tão imperfeito, que tenho a idéia de Perfeição, só posso tê-la recebido de um Ser perfeito que me ultrapassa e que é o autor do meu ser. Por conseguinte, eis demonstrada a existência de Deus. E nota-se que se trata de um Deus perfeito, que, por conseguinte, é todo bondade. Eis o fantasma do gênio maligno exorcizado. Se Deus é perfeito, ele não pode ter querido enganar-me e todas as minhas idéias claras e distintas são garantidas pela veracidade divina. Uma vez que Deus existe, eu então posso crer na existência do mundo. O caminho é exatamente o inverso do seguido por São Tomás. Compreenda-se que, para tanto, não tenho o direito de guiar-me pelos sentidos (cujas mensagens permanecem confusas e que só têm um valor de sinal para os instintos do ser vivo). Só posso crer no que me é claro e distinto (por exemplo: na matéria, o que existe verdadeiramente é o que é claramente pensável, isto é, a extensão e o movimento). Alguns acham que Descartes fazia um circulo vicioso: a evidência me conduz a Deus e Deus me garante a evidência! Mas não se trata da mesma evidência. A evidência ontológica que, pelo cogito, me conduz a Deus fundamenta a evidência dos objetos matemáticos. Por conseguinte, a metafísica tem, para Descartes, uma evidência mais profunda que a ciência. É ela que fundamenta a ciência (um ateu, dirá Descartes, não pode ser geômetra!).
4. - A Quinta meditação apresenta uma outra maneira de provar a existência de Deus. Não mais se trata de partir de mim, que tenho a idéia de Deus, mas antes da idéia de Deus que há em mim. Apreender a idéia de perfeição e afirmar a existência do ser perfeito é a mesma coisa. Pois uma perfeição não-existente não seria uma perfeição. É o argumento ontológico, o argumento de Santo Anselmo que Descartes (que não leu Santo Anselmo) reencontra: trata-se, ainda aqui, mais de uma intuição, de uma experiência espiritual (a de um infinito que me ultrapassa) do que de um raciocínio.

Fonte: http://www.mundodosfilosofos.com.br/

O Que é Subjetividade?


Subjetividade é entendida como o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e populações. A psicologia social utiliza freqüentemente esse conceito de subjetividade e seus derivados como formação da subjetividade ou subjetivação.
A subjetividade é o mundo interno de todo e qualquer ser humano. Este mundo interno é composto por emoções, sentimentos e pensamentos.
Através da nossa subjetividade construímos um espaço relacional, ou seja, nos relacionamos com o "outro".

O Significado da Libélula


A libélula, como a fada e tatuagem de borboleta é um desígnio de tatuagem extremamente popular para mulheres esse desígnio pode ser um segredo sensual pequeno ou um tributo ao grande espírito selvagem e livre que a libélula representa a libélula é o poder de luz a libélula habita dois reinos: ar e água e passa a influência de ambos elementos. A imagem da libélula reluz o poder criativo da imaginação vivendo em uma aura de fantasia, a libélula tremula a asas, assim inspiram esta proxima de fadas e borboletas; bolhas e flocos de neve. Diz uma lenda que capturar uma essa criaturas encantada em jarros, copos ou redes, e fazer um pedido ele era atendido assim muitas pessoas decidiram os capturar eternamente em no recipientes de carne. Azul, verde, ou violeta; rosa, prata ou dourado; a libélula se provou uma figura contemplativa para o mundo da arte no corpo. Na astrologia americana nativa, ou a astrologias das tribos indígenas, há uma convicção forte que cada pessoa tem um totem um espírito animal que serve como os guardiães dela e guiam por certas fases de vida. O espírito de libélula significa você tem que fazer um esforço para expressar suas esperanças, sonhos, necessidades e desejos conscientemente. O espírito de libélula é a essência dos ventos de mudança, as mensagens de sabedoria e esclarecimento a comunicação do mundo elementar. Seu medicamento para os seus hábitos que precisam mudar você pode mutar-se em libélula para se guiar pelas névoas da ilusão para uma transformação positiva.